terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sem saber o que fazer, .Chiquemente!!

Olá, chiques leitores! Pois é, leram bem, estou num .Dilema. Conto-vos tudo, claro, como poderia nao o fazer?

Bem, como devem saber, eu ontem ia jantar com o meu marido, o Viti, apesar de ter recebido uma proposta para sair, com o veterinário do ConiPiçi. Claro que não ia sair com ele, qual mulher casada e respeitável que sou. O meu marido esperava-me, .Chique e sensual como sempre foi. Apesar de já ter 50, ninguém lhe daria mais de 48. E lá fui eu, depois de umas horas na casa de banho, para o restaurante mais .Chique de Cascais, de nome "Flores Brancas, Gravata Azul".

Cheguei lá e esgueirei-me pela multidão até a uma mesa perto da janela, como sempre faço, para poder observar a paisagem. Sentei-me e comecei a esperar, ainda faltavam uns minutos para a hora confirmada. E esperei. Esperei, esperei. Pedi vinho. Bebi, e esperei. Até que, uma hora depois, olhei em volta. O restaurante, animado, e eu ali. Sozinha. Liguei ao Viti mas não me atendeu. Tinha o telemóvel desligado, na verdade. Então, pedi a conta e, mal saí do restaurante, marquei o número do veterinário.

- A sua proposta ainda está de pé? - disse, nervosa.
- Claro que sim, Filipa. - respondeu-me ele. Como sabia o meu nome? Indignada, combinei um ponto de encontro, a fonte no centro de Cascais.

Cheguei lá e esperei um pouco, sentada. Estava frio. Até que vejo um carro preto, um Opel que emanava sensualidade. O vidro começou a baixar-se, lentamente, e é aí que vejo um homem muitíssimo atraente a sorrir-me. Corei, mas tentei esconder o nervosismo.

- Boa-noite. - disse-me ele, observando-me a sorrir. Nessa altura, dei graças a Deus por ter passado tanto tempo a arranjar-me.
- Boa-noite. - avancei, confiante, e entrei no carro. Contudo, ao sentar-me, o vestido ficou preso na porta. Sorri e tentei desprender-me, sem sucesso! Meu Deus, estava mais vermelha que uma vagina. Olhei para o lado, mas ele já havia saído para me ajudar. Ele abriu a porta com os braços musculados (mas não muito, ew .Chique) e eu agradeci.
- Vamos? - disse-me ele, e acelerou.

Levou-me para casa dele. Sim, dá para acreditar? Casa dele. E eu, Fifi, ao ver que não íamos para um local público, berrei, antes de sair do carro.
- Mas que é isto? A minha chiquesa não vai sair daqui!
- Hum... tenho chocolate e cd's do Rod Stewart em casa, à nossa espera.

Com aquelas palavras, convenceu-me. Eu amo Rod Stewart, enfim, todos sabem disso. Saí do carro e acompanhei-o ao seu apartamento. Lá, sentei-me no sofá, ainda meia envergonhada.

- Então, posso fazer uma pergunta?
- Pode. - respondi, pegando no copo de vinho que ele me trazia.
- Porque decidiu aceitar o meu convite?
- E porque lhe espanta que tenha aceite? Preferia que não o tivesse feito?
- Não... é só que...
- Então ponha-me mas é música enquanto eu vou à casa-de-banho, estou aflita. - menti. A verdade é que toda aquela aproximação me deixava .Un-chiquemente nervosa. Ali estava eu, na casa de um desconhecido. Tinha de ligar a Viti.

Na casa-de-banho, incrivelmente bem limpa e perfumada, peguei no telemóvel .Chique e vi que tinha não uma, mas várias chamadas de Viti. Liguei-lhe, claro.

- Muito obrigado, Filipa, por me deixares pendurado.
- Desculpa? Tu é que me deixaste pendurada, eu nunca faria uma coisa .Un-chique dessas!
- Olha, podes vir cá abaixo? Eu segui-vos... - disse ele, e o meu coração quase rebentava.
- QUÊ?! - berrei, olhando pela janela.

E não é que ele estava mesmo lá? Envergonhada, fugi para a sala. Não fui ter com Viti na hora seguinte, com medo.

- Pode ficar aqui, se quiser. - disse-me o veterinário.

Tentador, não? Pois... mas não fiquei. Lá acabei por descer, para os braços do meu marido. Viti, contudo, não me falou mais durante a noite toda. Hoje de manhã, fazia eu torradas, quando ele vem discutir.

- Que querias tu?! Fiquei uma hora à tua espera! E que ideia foi essa de me seguires?! Nunca te fui infiel. Nunca, nunca. Tu? Tu, já. Eu perdoei-te, não perdoei? E agora tu andas-me a seguir?! Cada vez me desiludes mais! - disse, e fugi para o exterior de casa. Dei-me por contente por já estar vestida com o fato-de-treino rosa-choque/.Chique.
- Filipa, espera! - berrava ele, perseguindo-me pelo quintal.
- Deixa-me, Viti! - disse eu, e fugi para casa da Fafa.

Lá, qual drama queen que fui (odeio quando sou fraca), a Fafa e Bázita consolaram-me. Estivemos, as três, a comer chocolates, pipocas, enfim, coisas que só nos fazem mal e a ver comédias românticas. A falar mal dos homens. No final da tarde, saí de lá mais feliz, nada como uma tarde passada com elas!! Enfim... o Viti ainda não voltou. A Fa pediu-me o número do veterinário mas eu não lhe dei, contudo, não sei por que motivo, mas disse-lhe que não o apontei.
- Estás interessada nele, sua...! - disse ela.
- Não estou...!
- Deixa lá, Fi. Não tem mal estares. - disse a Bá. - Afinal de contas, o Viti não tem sido um bom marido para ti.

Quanto ao Viti, ainda não voltou do trabalho. Estou aqui com o meu cão, estou a falar com ele. Sim, riam-se! Enfim... vou dormir, ou tentar. Até amanhã, com chiquesa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá! Li este blog hoje e gostei.
Quando ao seu marido, Fifi, aconselho-a a falar com ele sobre as suas dúvidas, sobre tudo... afinal são um casal, juntos para se ajudarem, não é verdade?
Beijos