segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Uma ida .Chique ao Supermercado

Olá .Chiques leitores! Daqui Fifi, excitadíssima e com algumas novidades para vos relatar! Pois bem, hoje de manhã, acordei a cheirar o hálito .Chique do meu marido, o Viti, que me olhava ternamente.

- Que estás a fazer? - pergunto.
- Nada, só a olhar para ti.
- Logo vamos jantar fora, certo?
- Claro. - disse-me ele, e depois de uns beijos (calorosos, uff), desci as escadas da minha mansão até à cozinha. Tomava o pequeno-almoço quando recebo uma chamada de uma das minhas empregadas, a dizer que estava doente e que não viria ao trabalho. Resultado: tinha eu de ir, pela primeira vez em 10-15 anos ao supermercado. Escusado será dizer que a ideia por si só me trouxe lágrimas aos olhos.

- Que se passa? - Viti descia as escadas.
- Vou ter que ir às compras! - berrei.
- É melhor despachares-te, o leite acabou. - disse-me ele, friamente.

Meia-hora depois, conduzia .Chiquemente por Cascais. Chovia. Estacionei perto do supermercado e, confiante, enxuguei as lágrimas. "Eu consigo", dizia para mim, enquanto pegava no carrinho-das-compras.

- Quer ajuda? - perguntou uma funcionária.
- Tenho ar de quem quer ajuda?! - berrei, e corri com chiquesa para a secção dos frescos.

Louca, selvagem, olhei para a lista de compras e apressei-me a enfiar as coisas para o carrinho, sem olhar a preços. Quando cheguei à caixa, minutos depois, o carrinho abarrotava. A funcionária, jovem e carregada de maquilhagem, ficou felicíssima ao ver aquilo.
- São 140 euros. - disse ela, a sorrir, e aí reparei: tinha-me esquecido da carteira em casa.

.Choque: que iria fazer? Olhei em volta, desesperada. Remexi os bolsos.
- Precisa de ajuda? - perguntou uma voz masculina, grossa, atrás de mim. Voltei-me e eis que vejo o veterinário que nos ajudara há dias, com o ConiPiçi.
- Olá... - disse, estranha e .Un-chiquemente nervosa.
- Senhora? - disse a funcionária, interrompendo a nossa troca de olhares.
- Pois... esqueci-me da carteira em casa...!
- Não faz mal, eu pago. - disse ele. - E dou-lhe boleia, pode ser?
Agradeci e sorri, pensando nos motivos que o levavam a ser tão gentil para comigo. Fomos, no carro dele, até minha casa (eu depois vou buscar o meu, mais logo). Durante a viagem, falámos .Chiquemente de mim, da zona onde eu morava, dele. Descobri que somos vizinhos (ele mora em Cascais e toda a gente sabe que em Cascais todos nos tratamos como vizinhos que somos) e que ele aprecia muito música clássica, como eu. Quando chegámos a casa, ajudou-me a levar as compras lá dentro. Ofereci-lhe um café, coisa que ele recusou.

- Preferia ir tomar um consigo mais logo à noite. - disse ele, fazendo-me corar. - Que me diz?
Eu, claro, fiquei sem reacção. Um homem, mais novo, vintão, a convidar-me a sair? Adultério, comigo? Não, claro, ia recusar, quando ele diz: - Não precisa de responder agora. Aqui está o meu número. - disse, e escreveu-o num papel. - Ligue-me, sim?

Saiu de casa e aqui estou eu, confusa. Claro que não lhe vou ligar, vou antes dar o número à Fafa, ela de certeza que vai adorar a ideia! Bem, vou mas é arranjar-me, um jantar romântico com o Viti espera-me!

Beijos!!

Um comentário:

Anônimo disse...

vai trair o seu marido? vou contar tudo a policia, sua branca duma figa!