terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Uma festa relativamente .Chique

Olá chique! Daqui, Bázita, para vos contar todos os pormenores da festa da Lu, chiquesa a chiquesa! Aproveito para mencionar que, à minha frente, Fifi e Fafá iniciam-se nos jogos de PlayStation.
Começo por dizer que este é o segundo post que escrevo porque o primeiro foi acidentalmente apagado. Logo, estou irritadíssima! Mas vou tentar superar os meus un-chiques nervos e postar decente e chiquemente.

Tudo começou lá para as três e meia da tarde, quando eu e a Fifi abandonámos a minha casa e consequentemente as chávenas de chá e a Fafa, que ficou a bronzear-se e a proteger-me a casa da chinesa.
Dirigimo-nos para o shopping chique, onde compraríamos vestidos, jóias, sapatos, malas, enfim, tudo o que uma mulher chique necessita para ir a uma festa.
-Enfim Fi, estou desconfiada. - Disse, com ar monotonamente desconfiado.
-Porquê? Por causa da Lu?
-Claro. Quem mais vez a cabo de merecer que eu desconfie?
-Enfim, não sejas assim! Ela pode estar arrependida, Bá!
-Olha, vais ver como eu tenho razão. Penso mesmo que ela se vai vingar.
-Olha relaxa e vem comigo, acho que encontrei os vestidos perfeitos.
A Fifi não acreditava em mim... qual ingénua é! Mas, eu poderia também não estar certa. Estava ansiosa por ver.
Mal acabámos de fazer compras, saímos do shopping e entrámos no meu carro. Seguimos para casa da Lu.
Quando nos aproximamos, pusemos os nossos óculos de sol (uma chique, quando vai ter com um inimigo, coloca sempre os seus óculos de sol! aprendam comigo que eu não duro para a eternidade chique!). Saímos e caminhámos em direcção à casa (deixei o carro longe, ou ainda seria assaltada! com tantos carros ali, e saberem que são de gente rica, deixá-lo ali também? só se fosse burra!). Mal a avistámos, ao longe, a sua enorme casa, ficámos boquiabertas. Estava linda... entre a relva via-se imensas luzinhas que conjugadas com a enorme fonte em forma de Lua dava a sensação de que andávamos sobre o céu nocturno! As mesas redondas na sala rodeada de vidros abertos, como se fosse a continuação do jardim mas coberto, estavam muito bem postas. A conjugação do branco, do dourado e do bordeaux ficou imensamente bem! As velas e as rosas davam um ar romântico à noite, e os lindíssimos vestidos e fatos dos convidados eram a cereja em cima do bolo.
Bem, depois do choque chique, tocámos à campainha e fomos recebidos pelo mordomo, o Sr. Horácio Lopes. Entrámos e ocupámos logo a mesa em frente ao mini palco, onde um grupo de senhores de idade tocavam lindíssimas músicas.
-Fifi, guardas o meu casaco? Queria ir ao WC! - pedi.
-Claro Bá! Até já!
E a correr (estava aflitinha) fui até ao WC, mas mantendo a chiquesa. Mas o chão estava escorregadio e os meus sapatos não eram muito aderentes e... caí un-chiquemente para cima de um dos empregados que trazia, com alguma dificuldade, uma bandeja cheia de cálices que formavam uma pirâmide.
-AAAAI! Desculpe! - disse eu, baixando-me para tentar ajudar.
-Não se preocupe... tenho é medo que não haja mais remédio para por nos copos para aquelas determindas pessoas qu... ai, já falei demais.
-Diga?? Remédio? Copos? Pessoas? Conte-me tudo, jóia, já. - Isto cheirava-me a esturro un-chique.
-Tenho de me apressar. A patroa pediu-me que trouxesse as bebidas com urgência. Com licença.
-Você não vai a lado nenhum. - Disse, cortando-lhe o caminho com a minha perna chique.
-Mas mas... - Gaguejou a olhar para elas. Talvez ainda não esteja tão velha assim... - Tenho mesmo de me despachar.
-Claro. Então tente falar rápido.
-Em que posso ajudá-la, então?
-Conte-me tudo acerca desse tal remédio, desses tais copos, dessas tais pessoas.
-Não tenho tempo para isso. Mas se me der o seu contacto eu poss...
-Tome. - Coloquei o meu cartão no bolso da sua camisa. - Telefone-me dentro de minutos. Vou aguardar ansiosamente a sua chamada. -Tentei ser sexy. A Fafá sempre me disse que quando se quer algo de um homem, em primeiro lugar o devemos seduzir. Nunca fui totalmente de acordo, mas uma pitada não faz mal a ninguém... até me rejuvenesce.
Dirigi-me para o WC, aviei-me e voltei.
-Ai Fifi, nem sabes!! - Quase gritei.
-Conta!! - E ela também.
-Fala baixo! Foi assim... - e contei-lhe.
Depois do meu relato ela ficou perplexa.
-Tinha ou não razão? - perguntei, como uma criança quando diz "toma toma toma!".
-Isto não prova nada! Podemos estar a fazer juízos precipitados acerca disto, Bá.
-Não me parece. É demasiado óbvio. Vais continuar na tua ou ajudares-me, amiga?
-Está bem. Conta comigo.
E porque nunca perdemos esse vício, batemos as palmas das mãos em sinal de cooperação chique.
-Sabes? - Disse, passado alguns minutos de silêncio. - Tenho um plano.
O meu plano era combinar com o empregado e fingir-mos que tomámos o tal remédio. Fingiríamos também ter os efeitos (ainda por nós desconhecidos) que ele provocava. Já estava a imaginar a cara de sonsa da Lu, a pensar que era inteligente. Ri-me.
-Concordo! Ai, amei o plano Bá! - A Fifi estava entusiasmada com a ideia. Amei isso.
A festa começou, a Lu entrou e abriu a festa, dizendo que guardava as suas palavras para depois. Via-se que se estava a achar chique, mas de chique não tem nada. Estava horrivel! A sua falta de imaginação e inteligência é tal, que copiou o vestido da madrasta das crianças no musical "Música no Coração" (que está no Rivoli e aconselho!!). Enfim, não estava nada chique, visto que espalhou imensos laços pretos pelo vestido e aquele cor-de-rosa choque não combinava nada com a festa. Só mesmo com a parolice dela, desculpem-me o termo.
-E sem mais demoras apresento as minhas convidadas que cantarão esta noite. E elas são... Lola e Sílvia!!
E abandonou o palco, tropeçando no seu exageradamente comprido e desajeitado vestido. Nesse exacto momento a Fifi disse-me algo como "ai, socorro, o veterinário!" e fugiu para a casa-de-banho. Mas, era estranho, a Sílvia não apareceu... apenas Lola entrou no palco, aluada. Que se passava? Esperei mais uns minutos, até que uma rapariga entrou. Ai, estava a ocupar o lugar da Sílvia e... ai, não era normal. De repente, atrás de mim, a Fafá apareceu, mascarada.
-Bá! - sussurrou.
-AI CREDO!! Quem é? - gritei, de susto.
-Sou eu, a Fá! Eu já te explico. Vamos à casa de banho.
E fomos. Quando nos aproximámos vimos a Fifi a chorar, e nervosa. A Fafá correu para ela, eu aproximei-me atrás e rapidamente soube o que se passou. Esperaria que ela se acalmasse e deixá-la-ia com a Fá... porque algo me intrigava. Onde estaria a miúda asiática?
-Fi, rápido. Precisamos de encontrar a Sílvia, ela desapareceu! - disse, também tentando que a Fi desanuviasse, não pensasse em coisas que não a levam a lado nenhum.
Foi aqui que ouvimos alguém a berrar do outro lado da porta e a bater nela. Era a Sílvia. A Fafá apressou-se a abrir a porta e, mal a vi, reparei no mau estado em que estava.
- Quero cantar! - gritou, feliz.
- Não com esse vestido - disse eu. - Fá, tu vai avisar o público do ocorrido.
- Certo!
- E, Fi, tu vais emprestar o teu vestido à Sílvia. - Eu sabia que ela ia berrar, mas tinha de ser. Até lhe emprestava o meu, mas tinha um plano a pôr em acção. E sabia como arranjar de imediato outro vestido para a Fifi.
- Quê? - disse a Fifi, perturbada. - E vou com o quê?
- Esperas nos camarins.
- É que nem penses!
- Olha, desculpa lá, mas sem vestido ela não vai actuar, não achas?
- E por que é que não lhe emprestas tu o teu vestido? Que lata un-chique a tua!
- Acaso preferes que conte ao teu marido o que se passou agora? - Brinquei, claro! Nunca o faria. Deu-me gozo dizê-lo, enfim, tentei humorizar o facto de o veterinário não a largar.
- Olha, uma chique não diz palavrões nunca, como sabes, mas agora diria um. - Ela não achou piada nenhuma. Despiu-se, entregou o vestido à Fafá e foi embora, com um "Boa Noite". Peguei no vestido, olhei-o, dei-o à Si e fui ter com a Fifi. Tinha medo de a ter magoado sem querer.
-Fifi! Espera! - gritei, ao vê-la sair do portão da casa.
-Deixa-me em paz. Estou despida, tens o vestido. Agora larga-me.
-Mas Fi, eu tenho uma surpresa para ti...!
Ela parou. Girou os calcanhares e voltou-se para mim.
-Acompanhas-me? - perguntei, sorrindo.
-Estou despida. Achas que tenho outro remédio? - retorquiu o sorriso.
E dirigimo-nos para o meu carro, em silêncio, de onde eu retirei um lindo vestido que lhe comprei, ou melhor, o embrulho.
-Quando vi isto lembrei-me de ti e não resisti a comprar-to. Espero que gostes.
Ela fez a sua engraçada expressão involuntária de surpresa, e pegou no embrulho. Poisou-o sobre o meu carro e desfez o laço. Quando abriu os seus olhos brilharam, pegou no vestido, encostou-o a si e dançou.
-É lindo!!! Deve ser o vestido mais bonito que já vi na minha vida!
-Não exageres, Fi. Mas amei teres amado. - disse, sorrindo. - Veste-o!
Ela apressou-se a vesti-lo e a olhá-lo. Estava radiante!
-Ai Bá. Abraça-me!
E abraçámo-nos. Durante o abraço apercebi-me de quanto ela e a Fá são importantes para mim!
-Enfim, podes ser uma insegura e mariquinhas de primeira, mas eu amo-te! - disse, rindo-me!
-Ai que estúpida! - largou-me. - Mariquinhas? Vamos ver quem é a mariquinhas! - retirou o batôn da sua mala, abriu-o e correu atrás de mim, para me pintar. Apressei-me a tirar os sapatos e a correr, pela estrada fora.
-Não me apanhas! - gritei, rindo a bom rir.
-Ai não? Já vais ver! - e acelerou.
Corremos durante uns minutos, até que ela me apanhou. Não é que ela corre bem?
-Ahahaha! Apanhei-te!!
-Aiii, estava a brincar!!
-Sei. - e abraçou-me. - Eu também te amo, sua lenta chique.
-Lenta? - e rimo-nos as duas. - Sabes, tu e a Fá são mesmo importantes para mim. Os anos vão passando e os nossos laços vão-se tornando cada vez mais fortes. Podemos não ter sangue comum, mas vocês são as melhores irmãs de todo o chique mundo.
-Não me faças chorar, levas já! - rimo-nos. - É... sabes, acho que a nossa amizade já resistiu a muito. A conflitos, zangas, mudanças, distância, cíumes, amores, desamores, maluquices, un-chiquesas...! Tantas coisas que lhes perdi a conta. Nunca nos separaremos!
-Nunca.
Ficámos em silêncio, até que, como se tivesse sido combinado, nos levantámos e voltamos para a festa.
Acho que tínhamos perdido muito. Segundo ouvi da Fafá, a Sílvia e a Lola já tinham cantado, já tinham saído, e pelo meio ainda tinham havido quedas, brigas e etc. Logo, na quarentona festa pijama (sim, nunca perdemos este hábito) saberia de tudo, agora era hora de me dedicar ao meu plano. Recebi um telefonema passado minutos.
-Estou sim? - perguntei, curiosa, visto que desconhecia o número.
-Estou sim. E mesmo ao seu lado. Venha ter comigo ao portão para falarmos d...do tal assunto.
-Ah... - pus uma voz sexy. - É você. Estou a ver que não se esqueceu de mim, hein?
-Como poderia ser? - tentou ser sexy, mas coitado...
-Nem cinco minutos demorarei. - desliguei, contei à Fi e à Fá e fui.

Depois de uma demorada conversa com o empregado, descobri que a Lu queria drogar-nos com um líquido qualquer que nos deixava alegres, sensíveis e amigas de todos. Estão a ver o género, não estão? Bem, se era isso que ela queria... era isso que ela não iria ter. Ou melhor... até ia.
Depois de falar com a Fafá, que iria entrar também no plano mas estava escondida no WC, para a Lu não saber que ela ali estava, combinei tudo com a Fi e com o empregado. Fomos então para as mesas, esperar pelo desejado discurso da Lu.
Passado alguns minutos, o mau gosto voltou a invadir o palco... a Lu subiu.
-Mais uma vez boa noite! - e foi aplaudida. Olhem asserio, há gente que aplaude por tudo e por nada! O objectivo dos aplausos não é concordar ou gostar de algo que foi dito ou feito? O que disse a mulher de mais? Enfim, gente un-chique é outra coisa. -Acho que é agora que vou fazer o meu discurso. Mas, antes disso, que entrem as bebidas!
E lá vieram os empregados com os cálices que foram, há bocado, adiados. Pisquei o olho ao empregado e ele e a Lu trocaram piscadelas de olhos também, dos quais maléficamente me ri com a Fifi.
Pegámos nos copos, brindámos, brindámos à Lu (com um falso sorriso) e bebemos.
-Bem, à vossa! - e bebeu também, a sem gosto.
Passado uns escassos minutos, eu e a Fi começámos o teatro. Começamos a sorrir para ela, a rir, a sermos... demasiado simpáticas. Mas o melhor estava para vir.
-Bom, agora que já brindámos e nos saudámos, passaremos então ao que tenho a dizer. Em primeiro lugar, quero agradecer a quem organizou toda esta festa. Como tanto eu como vós podemos ver, isto está magnífico. Obrigado. Em segundo lugar quero agradecer-vos a vós por terem vindo. Sem a vossa presença a festa não teria sentido não é? -riu-se, sozinha. -Mas tenho um agradecimento especial a fazer. Há duas pessoas neste salão que gosto muito e que, apesar das recentes intrigas, compareceram aqui hoje. Elas são Bárbara e Filipa! - houve aplausos e tudo!
Interrompendo os aplausos, levantei-me e dirigi-me para o palco, sorridente. Roubei-lhe o microfone e falei:
-Desculpem interromper este magnífico discurso da minha grande amiga Luísa mas, tenho uma homenagem a fazer. Sabem, esta mulher é muito mais do que imaginam. A Lu é para mim uma enorme amiga, conselheira, simpática, inteligente, honesta, é fantástica. Apoia-me sempre, ajuda-me sempre, ouve-me sempre. Acho que a minha amiga Fifi é da mesma opinião...
Entretanto a Fifi tinha saltado para o palco também.
-Claro que sou! - partilhavámos o microfone. - A Lu é não só nossa amiga como de todos os que a rodeiam. Tenta sempre pôr as pessoas a sorrir e esforça-se por ser útil. Não há palavras para a descrever.
-Pois é... e por isso pedimos-lhe desculpa por algum dia ter duvidado da nossa amizade! A Fafá nunca teve razão... - Aaah, eu podia ter sido uma grande actriz! Digo-vos.
De repente, como o combinado, a Fafá entra deslumbrante na sala e de pé, junto às mesas, com um microfone (não estava no plano, mas amei ela o ter arranjado!) disse:
-Surpreendida? - Amo os sorrisos irónicos da Fá!
-Fátima?!? - a Lu ficou em choque!
-Fafá, em pessoa. E não sou a única. Sabes, eu também tenho uma homenagem a fazer-te, mas não a expressarei por palavras. Convosco...
-Huh?
-...a Polícia!
E entraram dois polícias.
-Está presa por consumo e tráfico de drogas. E por tentativa de consumo de drogas involuntário por outrém.
-AAAAAAH!!! - gritou a Lu, escandalizada.
-Espero que gostes. Espero que na prisão aprendas a ser tudo o que disse que eras, falsamente. Boa sorte! - disse, vitoriosamente.
-E espero que aprendas a vestir-te melhor lá, hihihi. - acrescentou a Fi.
-E já agora, para quando lá estiveres, toma este CD. É uma gravação das ordens criminosas que deste aos teus empregados! Parece que não somos só nós a fazer-te surpresas, hein? - Amei a Fafá ter arranjado aquilo!!
Digo-vos, se não estivesse lá estado pagaria para estar... ver a Lu a ser presa é um espectáculo digno de se ver!
-Vocês vão pagar, suas cabras nojentas!!! - berrava ela, ao ser algemada.
-Não desças mais o teu nível. Olha as pessoas! - respondi, rindo-me.
E assim acabou a festa. Subi ao palco, com a Fi e a Fá e explicámos o que se passou. As pessoas imediatamente nos compreenderam e aplaudiram.
No fim, despedimo-nos das pessoas, como que donas da casa fôssemos, e fomos para minha casa, onde haveria noite de cusquice, risos, conversas, histórias, PlayStation (sim, iniciámo-nos nesta coisa), Ice Tea (outro vício que não perdemos) e montes de chocolates.

Foi gratificante!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Emocionada, .Chiquemente

Sim, un-queridos mas Darlings, é assim que eu, Fifi, me encontro, em plena madrugada! E qual o motivo de tal emoção assombrar a minha alma, de tal alegria me importunar o meu sono, passadas já as 5 horas da manhã - já ouço as galinhas! -, é essa a vossa pergunta. Mas eu conto: com .Chiquesa, como sempre, pensava na minha amizade com Fafa e Bá, no novo e promissor romance de Bá, cujos detalhes ocultar-vos-ei e também na nova relação amorosa de Fafa - ou direi, a primeira relação amorosa a sério? - que se desenrola graças aos novos meios de comunicação. Traduzindo para os mais un-.Cultos, a Fafa encontrou o amor através da Internet! Parabéns, querida! Relia, também, um post feito por mim aquando da minha zanga .Rude com a Bá, de nome "Amizade por um fio .Chique", e encantava-me com a força da nossa amizade que continua inabalável, mesmo depois de inúmeras desavenças daquele género. Devo também refererir que a festa para que fomos convidadadas, da parte de Lu, foi muito interessante e estou certa de que alguma de nós fará uma postagem para que não percam .Pitada .Chique! Agora despeço-me, vou dialogar para o MSN com o homem por quem a Fafa se perde de encantos, de nome Peres. Quarentão, culto e divertido, tenho a certeza que gostariam de o conhecer!!! Beijos da vossa Fifi!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Que .Chique/Un.Chique coisa quer ela?

Oi chiques leitores, é a vossa escritora predicleta, Bázita! Não, risquem isso, é a Fifi. Riso!

Pois bem, várias coisas aconteceram desde os meus anteriores relatos. Devo, contudo, contar-vos a mais importante, que se sucedeu há dias, quando eu voltava da padaria. A manhã estava fria e, por isso, eu envergava um luxuoso casaco branco e cachecol .Chique, enquanto troteava pelo passeio rude. De repente, um carro começa a parar ao meu lado e ouço uma buzinadela. Olho para o lado e quem vejo? Lu.

- Quer boleia, Fifi? - perguntou ela, rindo-se ironicamente.
- Nem morta. - retorqui, apenas para ser banhada pela água jorrada pelos pneus do carro dela, ao passarem sobre uma poça, segundos depois.
- Cuide-se! - gritou, sorrindo.

Perturbada, revoltada, irritada, .Un-chique, foi assim que me encontrava quando regressei a casa. Pousei .Chiquemente o casaco no cesto da roupa suja, pensando numa forma de me vingar. Contudo, nesse momento, o telefone tocou. Quem ousava ligar-me, perguntam-se vocês. Pois, o veterinário. Despachei-o com gentileza, escapando a mais um convite para um jantar. Desci, então, as escadas até à sala e pensei que engendraria melhor uma vingança caso descansasse um pouco. E assim o fiz, deitando-me no tapete do chão (o meu cão ocupava o sofá, perdoem-me!).
A campainha, duas horas depois, acordou-me. "Quem é", rosnei, indo até à porta. Abri-a e quem vejo? Lu.
- Podemos conversar? - perguntou, com um saco na mão. Dizia "Prada", de modo que me vi impossibilitada de não a deixar entrar.
Sentámo-nos, pois, na sala. Frente a frente, cão contra gato, .Chique vs .Un-Chique.
- O que a traz aqui, Lu?
- Fifi, há algo que preciso de conversar consigo. Fui rude ao estragar-lhe o vestido, hoje de manhã. Aceite este novo como recompensa. Penso que começámos com o pé errado, cara amiga.
"Cara amiga?", quem era ela para se dirigir a mim naqueles tons? Aceitei o casaco, claro, não me tomem por burra, mas logo tratei de a despachar.
- Está a pôr-me na rua?
- Que acha?! - perguntei, e bati com a porta.

Nessa noite, a Fafa e a Bá vieram até minha casa para sessão de filmes. Desta vez, foi a vez da Bá trazer um filme. Escolheu o "The Hours". Víamo-lo nós quando a Fafa se lembra e diz "Olhem, ouviram falar da festa que a Susana está a organizar?" "Conta!", dissemos nós. Vocês não sabem, mas aqui em Cascais quem quer uma festa bem organizada, desde casamentos a baptizados, bem como aniversários ou velórios - estranho, sei!-, fala com a Susana Carvalho. Cinquentona, tem toda a liberdade que uma mulher solteira pode ter, pelo que as festas organizadas por si são sempre boas. Desta vez, contudo, quem a requisitara para organizar uma festa fora nada mais nada menos que... Luísa Carreira. E, por isso, dado os eventos que vos acabo de relatar, foi com alguma naturalidade que, na manhã seguinte, encontrei um convite na carta de correio. "Venha bem vestida, querida, e divirta-se", dizia ela. Liguei logo à Bá.
- Recebeste convite, também?
- Sim, recebi!
- Ok .Chique, ligo-te já.
- Muah .Chique para ti!
Desliguei e marquei o número da Fafa.
- Estô? - disse ela.
- Fá! Olha, a tua irmã mandou-nos convites para a festa dela, a mim e à Bá!
- O quê?
- A ti não?
- Não...
- Já viste a caixa de correio?
- Estou meia ocupada agora... Depois vejo e ligo-te!
- Ok!
Desliguei. Horas depois, eu e elas fomos à padaria de nome "Doces e Doçuras", local indispensável para todos os chiques, como sabem, onde as três falávamos do convite. A Fafa, contudo, não recebera nada.
- Que quer aquela nojenta convosco?! - gritou, bebendo .Vodka.
- Não sei... mesmo. - respondi.
- Só há uma forma de descobrir. - respondeu a Bá, engasgando-se com o bolo. - Irmos à festa.

Pois, chiques, a festa será hoje. Estou neste momento a preparar-me! Aguardem novos desenvolvimentos, connosco! Beijos

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Cooperação .Chique

Olá .Chique para todos os leitores. Eu, Fifi, tenho muitas novidades para partilhar convosco, leitores fiéis e que sempre nos visitam em busca de novas postagens. Neste post, vão rir, vão divertir-se, e vão sofrer connosco. Preparem-se, pois foi preciso uma cooperação entre as três amigas mais .Chiques (eu, Fafa e Bá, para quem não vive neste planeta) para que vários segredos descobertos (a Sílvia também ajudou, como vão ver).

Quinta-feira, estávamos as três no nosso habitual chá das cinco a conversar sobre os .Chiques e os Un-.Chiques de Cascais, quando a Fafa se vira para nós, bebendo um copo de vinho do Porto:
- Acho que o meu marido me anda a trair.
- Como se isso te importasse muito...! - disse eu, rindo-me.
- Realmente - concordou a Bá. - Mas o que te leva a pensar isso?
- Meninas, é assim. EU posso trair. Eu. Agora se eu sei que o meretriz do meu marido me trai, a coisa é outra. E estas suspeitas já me andam a chatear há umas semanas. Chega atrasado do trabalho, bêbado. Isto quando vem dormir a casa, porque às vezes nem vem.
- Credo! - disse eu.
- Pois. Preciso da vossa ajuda.
- Conta! - disse a Bá, e a Fafa começou a relatar-nos o plano dela, que consistia no seguinte: irmos, na noite de Sexta-feira, com ela para espiarmos o seu marido e sabermos o que realmente se estava a passar. Só que havia um problema:

- Mas o meu marido chega amanhã de Moçambique e eu queria preparar-lhe uma surpresa. - disse a Bá. - Ele foi fazer uma missão para lá, ou não se lembram...?

Começámos as três a pensar no assunto. Além disso, havia outra coisa: o Veterinário continuava a telefonar-me, querendo marcar um encontro. Eu, claro, tentava adiar, mas ele insistira e acabámos por marcar um jantar para Sexta-feira. Eu estava, como imaginam, aterrada pois a ideia de trair o meu marido, o Viti, assusta-me imenso. Precisava também da ajuda delas, mas pareciam tão ocupadas e a precisar da minha ajuda, que eu não sabia como pedir. É então que, depois de quase uma hora a discutirmos, a Fafa se lembra:

- Parem. Fazemos assim, ouçam: Tu, Bá, pedes à cadela da Sílvia para ir preparando o ambiente, fazer um jantar, tu sabes. Ela está aqui a dormir, também não lhe custa nada. E tu, Fifi, não precisas de desmarcar o jantar. Eu vou na tua vez, no fim da noite ele vai estar tão interessado em mim que já não te chateia mais.
- Credo...
- E como é que isso ia ser? O António chega à meia-noite... - disse a Bá. - Tenho que estar aqui antes!
- Dah. O meu marido sai do trabalho às 9:30 da noite. O jantar da Fifi é às 8. Vocês ficam na tua casa, Bá, a fazer os preparativos para a chegada do António e, lá para as 9 e pouco vão buscar-me ao restaurante e vamos as três para a empresa. Depois de vermos o que o meu marido anda a fazer, acho que ainda te conseguimos deixar em casa antes da meia-noite, Bá. - Disse a Fafa.
- Fashion! - alinhámos as duas.

No dia seguinte, eu estava nervosa. O Viti saíra de manhã cedo de casa, ainda zangado comigo pela cena doutro dia. Acordei, contudo, e levantei-me .Chiquemente com energia. Sabia que ia ser um dia longo, tinha de me preparar. E que melhor forma do que levar o meu cão a passear? Pois, enganam-se, há outra: tomar um duche quente. E assim entrei na banheira cheia de espuma, falando com a Bá pelo telefone:

- Sim, Fi, mas a que horas vens?!
- Não te preocupes. Devo estar aí lá para as seis.
- Isso é muito tarde...!
- Okay, cinco e quarenta e cinco.
- Combinado.

Quando cheguei lá, a tarde estava já a acabar. Estávamos as três na cozinha, eu e a Bá a preparar um perú e a Fafa a comer cereais com sumo de laranja natural, quando vemos a Sílvia irromper pela porta das traseiras.

- Kunichiwa!
- Oi cadela.
- Sílvia, anda aqui. - disse a Bá, e ela veio. - Preciso que me vigies este perú, está bem? Vou pô-lo no forno e preciso que alguém fique aqui a ver enquanto que nós vamos sair.
- Eu? - berrou ela. - Mas eu tenho um encontro, hoje, com o Rui!!
- Rui? Quem é o Rui? - perguntei eu, curiosa como sempre.
- Adias, ou levas nessa melancia asiática a que chamas cabeça. - disse a Fafa, e ela não teve outra alternativa se não ficar ali (pensávamos nós).

Meia-hora mais tarde, estávamos as três no shopping a fazer compras. Aliás, a Fafa estava a fazer compras, nós apenas dávamos sugestões, como sempre acontecia: todas as semanas, ela tinha um encontro, e lá íamos nós ajudá-la em relação ao que vestir.

- Ai, vocês são tão certinhas! Isto é tão anos 50. - disse ela. - Vou levar aquele. - continuou, apontando para um vestido preto brilhante.
- Que horror... - disse a Bá.
- Que foi? - perguntou ela, vestindo-se em frente da loja toda.
- Olha, Fá, pareces uma prostituta.
- Concordo, Fi! - disse a Bá.
- Okay, então ajudem-me. - disse ela, e lá ficámos até às 7.45 a escolher um vestido.

À última da hora, lá saímos do shopping. A Fafa estava já vestida para ir de encontro ao veterinário.

- Acelerem, antes que a minha .Chiquesa de maquilhagem borrate! - gritou, e fomos até ao restaurante "Flores Brancas, Gravata Azul", onde o Veterinário me esperava, supostamente.

- Vão ver o perú, eu trato do assunto. Aquele Veterinário vai sair daquele restaurante a aprender umas lições de anatomia! - disse a Fafa, saindo do carro, e nós rimo-nos.
- Já sabes o combinado: eu adoeci, não pude vir. E tu decidiste vir em meu lugar, por educação. - lembrei eu.
- Fi, traio o meu marido há quase duas décadas, achas que preciso que me lembres disso?

Eu e a Bá voltámos então para a casa dela, onde íamos ficar a fazer mais algumas coisas até irmos buscar a Fafa ao restaurante. Quando chegámos lá, contudo, vimos, pela janela, os móveis da cozinha a serem consumidos por chamas.

- Cruzes .Chiques!! - gritámos, e corremos para lá o mais rápido possível.

Lá dentro encontramos a Sílvia a tentar apagar as chamas com um balde, arremessando àgua para cima dos móveis. Contudo, o fogo estava descontrolado. Lembro-me até de sentir uma chama roçar-me o cabelo .Chique.

- Ajudem-me! Kuni! - berrou ela, e a Bá correu até ao quintal para ir buscar a mangueira. Eu segui-a, claro.

Segui as instruções da Bá e esperei junto da manivela até que ela entrasse na cozinha, cada vez mais quente.

- Agora, Fi! - gritou ela, e eu puxei a manivela rapidamente. A mangueira, de imediato, lançou um jarro de água por toda a divisão e, por pouco, a Bá não conseguiu controlá-la. Cinco minutos depois, o fogo estava extinto.

- Desculpem... - chorava a Sílvia.
- Viste o que fizeste? Custava muito tomares conta de um simples perú?? Agora vou ter uma despesa enorme!!
- Calma, Bá! - disse eu.
- CALMA? Olha, eu nem quero imaginar quando o António vir isto!
- Ele não tem de saber. - disse eu, e sorri, já com uma ideia em mente.

Eram nove horas e estavam já lá dois carpinteiros que eu un-.Chiquemente conheço, tratando do assunto. Prometiam ter o material necessário para remodelar aquela cozinha até à meia-noite, hora da chegada do António. E, melhor: era grátis, pois eles deviam-me um favor (longa história, talvez quem sabe para outra postagem?). Mais descansadas, deixamos uma Sílvia agarrada ao frasco onde estava o seu gato morto a vigiar os dois homens e fomos buscar a Fafa ao restaurante.
Estacionámos lá em frente e conseguimos vê-la a sorrir para o Veterinário, que sorria também. Tentámos fazer sinais gestuais, mas ela não nos via. Peguei no meu telemóvel e liguei-lhe.

- Já estamos à tua espera! - berrei.
- Ah, olá! Já me esquecia, quase. Calma, galdérias, já estou a ir. - desligou-me ela, e vimo-la despedir-se do Veterinário com um beijo no canto da boca.

- Como correu? - perguntei, e ela contou-nos todos os pormenores enquanto a Bá conduzia em direcção à empresa do marido da Fafa.

Ao que parece, o Veterinário não se importou muito com o facto de eu não ter ido. E ele e a Fafa deram-se muito bem, pelo que ela contou. Riram-se, e tinham muitas coisas em comum. Mas isto dizia ela sempre, e os casos não duravam mais que um mês. A ver vamos. Chegámos à empresa e estacionámos perto do carro dele, à espera.
Uma hora depois, cansadas de esperar, saímos do carro em direcção à portaria.

- Que vamos fazer, Fá? - perguntei eu, caminhando abraçada à Bá, ainda cheia de frio.
- Deixem comigo.

A Fafa avançou em frente e, depois de se exibir em frente ao porteiro, conseguiu as chaves dele.

- Liga-me, gato. - Disse ela, e chamou-nos para irmos com ela.

Avançámos pelos corredores do edifício e subimos vários lances de escadas até chegarmos ao piso onde o gabinete do marido dela, José, trabalhava. Uma vez lá, em frente à porta, parámos, ouvindo vozes do interior.

- Ela é uma porca. Ainda noutro dia eu a vi no café com o jardineiro, eles os dois a namorarem. Claro que tirei fotografias, ora vê. Nem sei como te meteste com uma mulher destas... sorte é que me tens a mim, amor. Ela nem perde pela demora... - ouvíamos uma voz feminina, que me parecia familiar.
- Lu?!!! - berrou a Fafa, nesse momento, pontapeando a porta.

Lembro-me de, ao ouvir aquilo, trocar olhares chocados com a Bá. Depois, olhei em frente, e vi juntamente com elas Lu, irmã da Fafa, sentada sobre a mesa, beijando José. Ao notarem a nossa presença, os dois ficaram sem reacção, fitando uma Fafa a emanar raiva por todos os lados.

- Sua... - disse ela, e atirou-se à irmã instantaneamente. As duas começaram a rebolar no chão, enquanto que Fafa lhe puxava os cabelos e a outra se tentava libertar. - Como me pudeste fazer isto?? À tua própria irmã?! - disse a Fafa, rasgando, selvagem, o seu vestido. - Como pudeste?!

Nesse instante, contudo, José levantou-se para ajudar Lu. Agarrou na Fafa e tentou afastá-la da irmã. Não, nós não íamos permitir isto. A Fá precisava de nós.

- Vai por esse lado. - sussurrei para Bá, e as duas fomos em direcção ao marido, para o atacar. Acabámos por cair em cima dele, em cima do seu corpo semi-obeso, e usámos toda a nossa força .Chique para o manter ali no chão, enquanto que a Fafa tomava conta da irmã. É então que os guardas da empresa chegam e, sendo eles meia-dúzia, nos separam e fazem queixa de nós à polícia. Duas horas depois, estávamos as três na prisão, numa cela imunda cheia de ratazanas.

- Socorro .Chique... - murmurei eu, vendo um recluso a cuspir na parede.
- Meu Deus, que fomos fazer? - disse a Bá.
- Desculpem, amigas.

Então, nesse momento, vemos António, acompanhado por um guarda, aproximar-se da cela.

- Este senhor pagou-vos a fiança. Podem ir.

Nós não podíamos ter ficado mais felizes. Saltámos para cima de António e agradecemos-lhe o seu gesto. Fomos, então, para casa da Bá, onde íamos passar o resto da noite. Felizes, fomos a ouvir rádio e a cantarolar, relatando todos os detalhes a António. Quando chegámos à casa de Bá, contudo, chocámo-nos ao ver Sílvia enrolada com um desconhecido no sofá.

- Que é isto?!! - berrou a Bá, e os dois caíram ao chão, assustados.
- Este... este é o Rui. - respondeu a Sílvia, levantando-se.

Sentámo-nos nos sofás e ficámos todos a falar o resto da noite. Não havia necessidade para discussões, naquele momento. Contudo, o futuro preocupa-me...

Beijos .Chiques!!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sem saber o que fazer, .Chiquemente!!

Olá, chiques leitores! Pois é, leram bem, estou num .Dilema. Conto-vos tudo, claro, como poderia nao o fazer?

Bem, como devem saber, eu ontem ia jantar com o meu marido, o Viti, apesar de ter recebido uma proposta para sair, com o veterinário do ConiPiçi. Claro que não ia sair com ele, qual mulher casada e respeitável que sou. O meu marido esperava-me, .Chique e sensual como sempre foi. Apesar de já ter 50, ninguém lhe daria mais de 48. E lá fui eu, depois de umas horas na casa de banho, para o restaurante mais .Chique de Cascais, de nome "Flores Brancas, Gravata Azul".

Cheguei lá e esgueirei-me pela multidão até a uma mesa perto da janela, como sempre faço, para poder observar a paisagem. Sentei-me e comecei a esperar, ainda faltavam uns minutos para a hora confirmada. E esperei. Esperei, esperei. Pedi vinho. Bebi, e esperei. Até que, uma hora depois, olhei em volta. O restaurante, animado, e eu ali. Sozinha. Liguei ao Viti mas não me atendeu. Tinha o telemóvel desligado, na verdade. Então, pedi a conta e, mal saí do restaurante, marquei o número do veterinário.

- A sua proposta ainda está de pé? - disse, nervosa.
- Claro que sim, Filipa. - respondeu-me ele. Como sabia o meu nome? Indignada, combinei um ponto de encontro, a fonte no centro de Cascais.

Cheguei lá e esperei um pouco, sentada. Estava frio. Até que vejo um carro preto, um Opel que emanava sensualidade. O vidro começou a baixar-se, lentamente, e é aí que vejo um homem muitíssimo atraente a sorrir-me. Corei, mas tentei esconder o nervosismo.

- Boa-noite. - disse-me ele, observando-me a sorrir. Nessa altura, dei graças a Deus por ter passado tanto tempo a arranjar-me.
- Boa-noite. - avancei, confiante, e entrei no carro. Contudo, ao sentar-me, o vestido ficou preso na porta. Sorri e tentei desprender-me, sem sucesso! Meu Deus, estava mais vermelha que uma vagina. Olhei para o lado, mas ele já havia saído para me ajudar. Ele abriu a porta com os braços musculados (mas não muito, ew .Chique) e eu agradeci.
- Vamos? - disse-me ele, e acelerou.

Levou-me para casa dele. Sim, dá para acreditar? Casa dele. E eu, Fifi, ao ver que não íamos para um local público, berrei, antes de sair do carro.
- Mas que é isto? A minha chiquesa não vai sair daqui!
- Hum... tenho chocolate e cd's do Rod Stewart em casa, à nossa espera.

Com aquelas palavras, convenceu-me. Eu amo Rod Stewart, enfim, todos sabem disso. Saí do carro e acompanhei-o ao seu apartamento. Lá, sentei-me no sofá, ainda meia envergonhada.

- Então, posso fazer uma pergunta?
- Pode. - respondi, pegando no copo de vinho que ele me trazia.
- Porque decidiu aceitar o meu convite?
- E porque lhe espanta que tenha aceite? Preferia que não o tivesse feito?
- Não... é só que...
- Então ponha-me mas é música enquanto eu vou à casa-de-banho, estou aflita. - menti. A verdade é que toda aquela aproximação me deixava .Un-chiquemente nervosa. Ali estava eu, na casa de um desconhecido. Tinha de ligar a Viti.

Na casa-de-banho, incrivelmente bem limpa e perfumada, peguei no telemóvel .Chique e vi que tinha não uma, mas várias chamadas de Viti. Liguei-lhe, claro.

- Muito obrigado, Filipa, por me deixares pendurado.
- Desculpa? Tu é que me deixaste pendurada, eu nunca faria uma coisa .Un-chique dessas!
- Olha, podes vir cá abaixo? Eu segui-vos... - disse ele, e o meu coração quase rebentava.
- QUÊ?! - berrei, olhando pela janela.

E não é que ele estava mesmo lá? Envergonhada, fugi para a sala. Não fui ter com Viti na hora seguinte, com medo.

- Pode ficar aqui, se quiser. - disse-me o veterinário.

Tentador, não? Pois... mas não fiquei. Lá acabei por descer, para os braços do meu marido. Viti, contudo, não me falou mais durante a noite toda. Hoje de manhã, fazia eu torradas, quando ele vem discutir.

- Que querias tu?! Fiquei uma hora à tua espera! E que ideia foi essa de me seguires?! Nunca te fui infiel. Nunca, nunca. Tu? Tu, já. Eu perdoei-te, não perdoei? E agora tu andas-me a seguir?! Cada vez me desiludes mais! - disse, e fugi para o exterior de casa. Dei-me por contente por já estar vestida com o fato-de-treino rosa-choque/.Chique.
- Filipa, espera! - berrava ele, perseguindo-me pelo quintal.
- Deixa-me, Viti! - disse eu, e fugi para casa da Fafa.

Lá, qual drama queen que fui (odeio quando sou fraca), a Fafa e Bázita consolaram-me. Estivemos, as três, a comer chocolates, pipocas, enfim, coisas que só nos fazem mal e a ver comédias românticas. A falar mal dos homens. No final da tarde, saí de lá mais feliz, nada como uma tarde passada com elas!! Enfim... o Viti ainda não voltou. A Fa pediu-me o número do veterinário mas eu não lhe dei, contudo, não sei por que motivo, mas disse-lhe que não o apontei.
- Estás interessada nele, sua...! - disse ela.
- Não estou...!
- Deixa lá, Fi. Não tem mal estares. - disse a Bá. - Afinal de contas, o Viti não tem sido um bom marido para ti.

Quanto ao Viti, ainda não voltou do trabalho. Estou aqui com o meu cão, estou a falar com ele. Sim, riam-se! Enfim... vou dormir, ou tentar. Até amanhã, com chiquesa.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Mais flores .Chiques!!!

Olá, chiques!
A Fifi poupou-me trabalho, pelo que li, de relatar a chegada da querida Sílvia. Ela é um pouco excêntrica, sim, mas é uma rapariga querida. Gosta de animais, como eu, e é insegura.
Bem, deixando de falar nela, voltemos ao assunto do meu último post. Tenho novidades:
Hoje recebi outro ramo, de forma esquisita também. Recebi uma encomenda em casa, assinei, abri. O que era? Uma garrafa de champagne! O homem da entrega fugiu un-chiquemente logo depois de eu assinar... continua a ser a pessoa mistério. Guardei a garrafa. Sentei-me, bebi um café, e não resisti a ir buscar a garrafa outra vez! E que bem que fui, porque dei conta que no seu fundo continha um autocolante com a palavra "cama". De imediato corri para a minha cama, olhei e não vi nada. Remexi tudo e nada vi. Não... não ia un-chiquemente tocar com os meus joelhos no chão e espreitar por baixo da minha cama... ou ia. Baixei-me, olhei e vi o chão repleto de rosas cor-de-rosa! Parecia um lindo tapete... Deitei-me no chão e rastejei até às rosas, procurando mais um cartão. Procurei, procurei, e encontrei. Saí de baixo da cama, e bah, estava cheia de pó. A minha empregada vai ver... quando a apanhar...!
Sentei-me na cama, abri o mini-envelope e li "na Torre". Hum, torre? Que vago...! Há tantas torres. Mas esta pessoa estará numa torre. Mas quando? Qual? Porque estará lá? Deverei lá ir?
Bem, que dilema chique / un-chique. Mas, não vou fazer nada. Esperarei pelo próximo cartão.

Falando outra vez da Sílvia, eu encontrei um teste de gravidez na mala dela. Esperemos que não esteja grávida, senão vai ser complicado.

Enfim, beijos chiques!

Despedida

Olá meus queridos!

Encontro-me nas Bahamas! Chiquee!

Peço desculpa desta minha ausência mas deve-se ao facto de eu estar com imensos problemas, un.chiques!

Tudo começou quando eu ia a sair de casa e deparei-me com uma coisa, como é que se diz na vossa linguagem, hum, um pedinte, incrivelmente un.chique!

Ele queria levar a minha mala Louis Viton, comprada nas férias passadas em York. Mas lá dentro eu tinha um caché altíssimo pois ia depositar no banco para enviar à minha querida filha, felizmente o Sr. Carlos Madeira dos Santos veio em meu socorro e afastou aquela coisa de mim. Este Sr. Carlos é um homem adorável, gerente da Massimo Dutti e claro, vem de famílias numerosas.

No dia seguinte fui ao Holmes Place ter a minha prestigiosa aula de Ioga, mas tinha-me esquecido das minhas sapatilhas D&G no carro, então liguei logo ao Matos (meu motorista) para me trazer as coisas, mas este estava no hospital pois tinha tido um acidente. Coitado, partiu duas costelas e um braço. Tenho pena do moço, mas também com a gorjeta que lhe deixei já dá para recuperar desse trauma.

Que mais hei-de contar!?

A minha filhota quer adoptar uma child lá com a sua namorada. Espero que tenham o bom gosto e bom senso de escolher uma child bonita, chique e parecida aqui com a vóvó Lulu Vasconcelos! Poderia se chamar Fifi Vasconcelos em honra da minha amável amiga Chique!

Estão como imaginam a netinha da vossa Lulu? Child chiqueee! Só roupinhas como as das socialites! Colégios particulares pois assim pode evitar o contacto com aquelas parasitas un.chiques, se é que me percebem!

Enfim.

Como disse aqui no início, estou nas Bahamas pois decidi esquecer-me um pouco dos meus problemas un.chiques e vim fazer um cruzeiro. Quando a viajem estava quase no fim conheci o dono deste chique Iate onde estava instalada e começamos a jantar e a ter conversas mas ‘callientes’ Entretanto ele fez-me um convite para ser a sua companheira de viagens. No início fiquei seriamente com dúvidas pois não iria estar tão presente na vida das minhas amigas chiques (única coisa que cá me prendia devido ao seu grau de importância), mas coloquei a minha felicidade em 1º lugar. Sempre adorei viagens e conhecer novos Mundos. Fico triste de não poder estar tantas vezes com as chiques mas sei que eles ficam bem entregues entre si. Tenho imensas saudades dos nossos chás das 5 e espero que um dia possamos continuar com eles, até lá, deixarei de cá escrever pois acho que este espacinho já não me pertence (ponderei bem e não voltarei com a palavra atrás).

Beijinho na face direita e muitas felicidades (lágrimas).

Com muita saudade,

Lulu Vasconcelos

Uma ida .Chique ao Supermercado

Olá .Chiques leitores! Daqui Fifi, excitadíssima e com algumas novidades para vos relatar! Pois bem, hoje de manhã, acordei a cheirar o hálito .Chique do meu marido, o Viti, que me olhava ternamente.

- Que estás a fazer? - pergunto.
- Nada, só a olhar para ti.
- Logo vamos jantar fora, certo?
- Claro. - disse-me ele, e depois de uns beijos (calorosos, uff), desci as escadas da minha mansão até à cozinha. Tomava o pequeno-almoço quando recebo uma chamada de uma das minhas empregadas, a dizer que estava doente e que não viria ao trabalho. Resultado: tinha eu de ir, pela primeira vez em 10-15 anos ao supermercado. Escusado será dizer que a ideia por si só me trouxe lágrimas aos olhos.

- Que se passa? - Viti descia as escadas.
- Vou ter que ir às compras! - berrei.
- É melhor despachares-te, o leite acabou. - disse-me ele, friamente.

Meia-hora depois, conduzia .Chiquemente por Cascais. Chovia. Estacionei perto do supermercado e, confiante, enxuguei as lágrimas. "Eu consigo", dizia para mim, enquanto pegava no carrinho-das-compras.

- Quer ajuda? - perguntou uma funcionária.
- Tenho ar de quem quer ajuda?! - berrei, e corri com chiquesa para a secção dos frescos.

Louca, selvagem, olhei para a lista de compras e apressei-me a enfiar as coisas para o carrinho, sem olhar a preços. Quando cheguei à caixa, minutos depois, o carrinho abarrotava. A funcionária, jovem e carregada de maquilhagem, ficou felicíssima ao ver aquilo.
- São 140 euros. - disse ela, a sorrir, e aí reparei: tinha-me esquecido da carteira em casa.

.Choque: que iria fazer? Olhei em volta, desesperada. Remexi os bolsos.
- Precisa de ajuda? - perguntou uma voz masculina, grossa, atrás de mim. Voltei-me e eis que vejo o veterinário que nos ajudara há dias, com o ConiPiçi.
- Olá... - disse, estranha e .Un-chiquemente nervosa.
- Senhora? - disse a funcionária, interrompendo a nossa troca de olhares.
- Pois... esqueci-me da carteira em casa...!
- Não faz mal, eu pago. - disse ele. - E dou-lhe boleia, pode ser?
Agradeci e sorri, pensando nos motivos que o levavam a ser tão gentil para comigo. Fomos, no carro dele, até minha casa (eu depois vou buscar o meu, mais logo). Durante a viagem, falámos .Chiquemente de mim, da zona onde eu morava, dele. Descobri que somos vizinhos (ele mora em Cascais e toda a gente sabe que em Cascais todos nos tratamos como vizinhos que somos) e que ele aprecia muito música clássica, como eu. Quando chegámos a casa, ajudou-me a levar as compras lá dentro. Ofereci-lhe um café, coisa que ele recusou.

- Preferia ir tomar um consigo mais logo à noite. - disse ele, fazendo-me corar. - Que me diz?
Eu, claro, fiquei sem reacção. Um homem, mais novo, vintão, a convidar-me a sair? Adultério, comigo? Não, claro, ia recusar, quando ele diz: - Não precisa de responder agora. Aqui está o meu número. - disse, e escreveu-o num papel. - Ligue-me, sim?

Saiu de casa e aqui estou eu, confusa. Claro que não lhe vou ligar, vou antes dar o número à Fafa, ela de certeza que vai adorar a ideia! Bem, vou mas é arranjar-me, um jantar romântico com o Viti espera-me!

Beijos!!

domingo, 18 de novembro de 2007

Townsend: o novo Bar .Chique

Boa-noite, cariocas! Sim, sou eu, a vossa .Chique mais atrevida do país, Fafa Carreira! Estava eu a suspirar por não ter um lugar .Chique e .Fashion para eu e as minhas amigas Ba e Fifi irmos até que, quando vejo no correio um folheto cor púrpura, como eu adoro, a noticiar a abertura de um novo bar / pub: Townsend. E qual era a tagline?, perguntam-se vocês. "Todos os chiques vêm parar a Townsend". Amei, simplesmente. Vou ver se eu hoje à noite vou com a Bá, a Fifi, e aquela cadela domesticada, Sílvia, para lá. Engatarei alguém, prometo! Agora vá, beijo com .Glamour para toda a cidade de Cascais (e os meus leitores, obviamente).

sábado, 17 de novembro de 2007

Uma Adolescente Asiaticamente .Un-Chique

Eu, Fifi, nem sei como a Bá se esqueceu de referir pessoa mais insólita que acabou de chegar (inesperadamente) às nossas vidas, no seu post de hoje. O seu nome é Sílvia Monteiro e revelou-se, de facto, uma criatura, além de .Un-chique, muitíssimo adolescente e problemática.
Provavelmente, já a conhecem devido ao seu blog. A sua mentalidade, do ponto de vista .Chique que sempre adopto, é rude e imprevisível. A sua maquilhagem? Irritantemente colorida. Pois bem, deixem-me começar pelo início.

1- A Chegada

A Bá havia-nos contado, há dias, a mais recente loucura do seu filho: querer ir estudar para a peçonhenta cidade do Porto (que romances adolescentes eu vivi lá, devo mencionar). E não é que ele levou a ideia avante? Sim, chiques leitores, levou. E, para isso, trocou de casas com uma desconhecida, desesperado por não ter dinheiro para pagar a renda (rejeitou o dinheiro da mãe, coisa que fez a Bá chorar durante uma noite inteira, em minha casa). Essa desconhecida, como soubemos ontem, era afinal a asiática Sílvia, que chegou aqui carregada de malas previamente compradas na feira, num comboio empestado de gente suada (lá não me apanhavam, nem .Morta, como imaginam). A pedido da Bá, eu e Fafa fomos lá recebê-la, sujeitando as nossas roupas engomadas pelas nossas empregadas ao pó e ao lixo existentes na central de comboios, que mais parecia ser situada na lixeira de Cascais.

Estávamos nós as três, sentadas de perna cruzada, num dos bancos, com os óculos-de-sol .Chiquemente postos, apesar de já ser noite, quando o comboio chega e, imediatamente, uma cambada de gente (ou, direi, animais?) sai do meio de transporte, atropelando-se. É então que ouvimos um berro: "Kunichiwa??! ConiPiçi????????????!!"
Olhámos, assustadas, para o lado e vimos uma asiática a olhar para o chão, onde um gato malhado jazia, esmagado por uma das suas malas. Ela apressou-se a ajudá-lo, contudo, ao fazê-lo, deixou cair o resto das malas, uma delas caindo em cima do animal. "Ajudem-me!", berrou, e a Bá não se demorou a chamar o 112.

Apesar dos esforços do veterinário (atraente, vintão, sexy), o animal não sobreviveu. Foi na clínica que pudemos apreciar melhor Sílvia, enquanto esperávamos notícias sobre o estado do animal. Ela estava sempre a andar às voltas, a ouvir músicas como "Music is My Hot, Hot Sex" (apenas a identificámos pois a Bá disse que o seu filho ouvia muito), "Stars Are Blind", enfim, lixo adolescente que nós, .Chiques, recusamos ouvir; os seus braços estavam cheios de pulseiras; a sua roupa, além de sugestiva, estava suja, marcada pelo suor. Credo, pensam vocês. Socorro!, berrou Sílvia ao saber que o seu gato tinha falecido. Depois dos choros habituais, levámo-la para casa da Bá, onde as quatro ficámos a noite a conversar.

2- As Confusões

Nessa noite, ninguém dormiu. Excepto, claro, a Fafa, que encontrámos, às 4 e meia da manhã, meia-hora depois de ela dizer que ia buscar vinho ao frigorífico, na cozinha, enroscada com o cão da Bá e a fumar um cigarro.
- Fá?
- Oi Sexy. Bá, o teu cão... Meu Deus .Chiquérrimo!
- Kunichiwa? Swminy? - dizia Sílvia. Não me perguntem o significado de tais palavras, pois desconheço.
- O que fizeste tu ao meu cão?? - berrava Bá, aterrorizada.
- Calma, ó sua pobretanas! Apenas dizia que ele é um bom ouvinte, adorou as minhas confissões sexuais.
- Já bebeste demais. - disse eu, e levei-a para longe do pobre animal, que parecia perturbado.
Minutos depois, a Sílvia decidiu dirigir-se à casa-de-banho, pois estava, e citando-a, "quase a explodir". Estávamos as três a comentar sobre ela quando ouvimos um grito estridente e feminino do andar de cima. Corremos para lá e encontrámos, no corredor, o marido de Bá nu, em frente a Sílvia, aterrorizada.
- António? Que fazes assim, a estas horas? - perguntou a Bá.
- Vinha à casa-de-banho e encontrei esta aqui... Desculpa, amor.
Sílvia, fragilizada por ver pela primeira vez o orgão reprodutor masculino (segundo me contou horas depois), em circunstâncias tão dramáticas, fugiu como uma lebre para o exterior da casa. Corremos atrás dela, gritando palavras que desconhecíamos, supostamente pertencentes ao dicionário da língua japonesa. E eis que a ouvir "Sexwá", ela parou.


3- A Mudança De Casa

Passámos mais algumas horas na casa de Bá, a ajudar Sílvia a instalar-se. Ela lá ficou. Hoje de manhã, quando fui ao quarto dela, encontrei o seu gato num frasco.
- É para nunca me esquecer dele. - disse-nos Sílvia.
Bem, o certo é que esta jovem tem algo de estranho... Espero que a Bá não se arrependa de a receber em casa. Tenho a ligeira e .Chique impressão de que sim, contudo.

Beijos Fifi's!

Mistério .Chique

Um olá cheio de mistério.
Sim, o mistério paira no ar. Porque? A Bá conta:

Hoje dei folga aos meus empregados, o meu marido está em Londres, estava sozinha em casa. O que resolvi fazer? Dormir até às tantas chiques. Mas o meu sono foi interrompido por uma enorme pedra que me partiu o vidro da janela do meu quarto. Com um grito levantei-me da cama e escondi-me no armário. O que seria?? Estariam a assaltar-me un-chiquemente a casa?? Não, eu não ia ficar ali parada... sou uma chique mulher ou um rato? Abri a porta do armário, com uma cruzeta na mão e, pé ante pé, aproximei-me da janela. Ao olhar para o chão, repleto de vidros pequenos, reparei que não tinha sido só uma pedra a entrar no meu quarto... mas um lindo e enorme ramo de flores também. Rosas vermelhas, as minhas preferidas. Eram 41 rosas, eu tenho 41 anos. Quem mas atirou bruscamente para o quarto sabia algumas coisas sobre mim... Isto foi excitantemente aterrador.
Fechei as persianas, não se fossem lembrar de atirar mais alguma coisa (desta vez mais perigosa) e sentei-me na cama. O que havia para fazer? Nada. Não tinha pistas, apenas num ramo.
Já que não havia nada para fazer, fui até à cozinha e pus o ramo em água, para não murchar. Retirei o papel e... um bilhete caiu na banca. Peguei nele e li:

1
Estarei
"Estarei"? Mas quem é que envia um bilhete num ramo de flores, ainda por cima de maneira esquisita, com coisas sem sentido? "Estarei" não me diz nada...
Bem, esperarei pelo próximo sinal, porque com certeza que isto tem continuação... estarei deve ser só o inicio de uma frase. Ou quem sabe, algo mais.
Vamos lá ver, chiquemente.

Um beijo chique,

A minha aventura .Chique (Terceira - Mas não Última - Parte)

Antes de terminar esta confissão .Chique, queria agradecer a todos os leitores sem grana, como os cariocas proferem, a todos os visitantes deste espaço, do hi5, a todos os simpáticos que adicionam no messenger, a todos que me enviam mail a pedir mais partes desta confissão. Temo que seja a peúltima, tentei recordar-me de todos os pormenores para vocês precisamente gostarem. Um beijo .Glamouroso para todos.

* * *
.A minha tia

A minha tia chique chamava-se Helena, era a mais nova das três irmãs da parte maternal. Eu admirava-a tanto. Escrevia romances eróticos dos mais deslumbrantes que podiam haver e adorava dançar. Morava na parte alta de Madrid, repleta de Glamour, digo-vos. Sempre que ela voltava para Cascais, nem que fosse por uma semana, falar com ela sempre me dava um enorme prazer. A decisão do meu pai, chocante e precipitante só começou a ter reacções no dia seguinte. Os empregados riam-se quando passavam pelo meu quarto na manhã. Estava escondida debaixo dos lençóis, sem querer aparecer.

Então, totalmente despenteada, senti um peso na cama. Comecei a pontapear o peso, deveria ser um peluche que tinha caído do tecto.

- Estás-me a magoar, querida. - Era a minha tia Helena.
- Tia!

Saí de baixo dos lençóis molhada de tanto chorar com os olhos inchados. Precisava de alguém para abraçar e assim o fez. Tia e sobrinha abraçaram-se na cama desfeita. Um momento tão íntimo, tão jovial, tão... chique.

- Que foste fazer, Fá? - Vocês querem alguém mais elegante?
- Tia, eu não queria!
- Conta-me tudo...
- Foi a Luiza que me obrigou a ir a um pub horrendo e un-chique, e depois veio um daqueles homens que parecem ursos tocar-me! Ele levou-me até o carro e pronto... - Menti.

Mentir sempre me dava um nó na garganta e Helena já sabia disso e sorriu para mim.

- Sou a tua confidente. Conta-me tudo que eu guardarei segredo.

E lá lhe contei. Não era exagerado dizer, assim, que ela era a minha tia favorita.

***
.O dia da Partida

Nos dias que se seguiram atemorizava-me a ideia do aborto, achava un-chique e muito constrangedor. Mal olhava para a minha família, sobretudo para a minha irmã Luíza que parecera muito desiludida comigo (talvez por ter transado, como dizem os cariocas, mais cedo do que ela esperava). Mas pouco me importei também. Quem precisa de irmãs quando se tem um mínimo de Fashion? Mas vi que esse mínimo ia desaparecer, porque quem faz um aborto, li numa revista, perde o sentido de chiquesa mais cedo do que esperam. Estava tão assolada.

A semana passou, no dia da partida estava eu a arrumar as minhas cinco malas de pele de leopardo para a viagem quando suspirei. A minha irmã Luiza olhava-me na porta. Quando me apercebi de tal feito tentei controlar-me, e respirei fundo, numa lufada de ar chique.

- Que fazes aqui? - Perguntei.
- Ai, Fá... admiro só o que vai ser o meu quarto.

Choquei-me. A minha irmã tinha um quarto dez centímetros mais pequeno do que o meu, como podia ela dizer tamanha estupidez? Numa semana, o mais tarde, voltaria a Cascais!

- Perdoa-me? - Interroguei.
- Sim. Minha querida, achas mesmo que depois de tirares o teu filho dessa coisa repugnante vais voltar para o Glamour de Cascais?
- Tenho a certeza!

Desconhecia esta faceta de Lu. Como podia ela estar a ser tão lambisgóia?

- Pois bem, nem tentes voltar, aviso-te. - Dizia ela caminhando em passos de uma quarentona, sabem?, como sou eu, actualmente.
- Sua...!

Selvagem. É o que designa o meu comportamento na altura. Como uma gorila, saltei-lhe em cima, comecei-lhe a puxar os cabelos e dei-lhe um estalo. Luiza retribuiu com beliscões nos meus seios, oh, como doía!

Naquele preciso momento uma empregada un-chique passou pelo corredor, olhou e pôs a mão à boca de tanto se rir.

- Ó Gertrudes, anda cá ver isto! - Chamou.

Gertrudes, com o aspirador na mão, veio ao corredor e riu-se alto com aquela empregadita de baixo nível.

As duas empregadas chegaram ao chão, imaginem, ao chão da minha casa!, a soltar gargalhadas rodeadas de um hálito que só Deus sabe onde se formou. Entretanto, a minha irmã continuava a agir como uma macaca e eu a imita-la. Mas que vergonha tenho eu de estar aqui deitada na minha cama a escrever isto, a lembrar-me quão ignóbil estava a ser.

Quando as duas empregaditas se levantaram, houve uma que foi a correr a chamar pelo senhor Gregório, meu pai. Não tardou que este viesse com a minha mãe e a minha tia.

Que humilhação! Queria parar, é uma certeza chique, mas não podia, não podia deixar-me vencer por aquela ratazana do esgoto que se dizia minha irmã. É que, sabem?, quem dá a última estalada é a que ganha. E estão-me a ver com cara de un-chique perdedora? Três letras, uma palavra: não.

Eu e a minha irmã ficamos paradas, agarrando os cabelos de uma e outra, enquanto que, com lágrimas a teimarem sujar a maquilhagem, via a minha tia Helena chocada e desiludida.

- Tia...

Mas eis que, com a tristeza a voar como borboletas nos corações da família, Luíza arranca-me o coral de pérolas.

- Sua...!

Macaca. O animal que estava a ser. Belisquei-lhe o mamilo, saltei para cima da sua barriga e comecei a esganar a minha própria irmã. O meu pai, furibundo, em passos gigantes e altos, aproximou-se.

- FÁTIMA! - Gritou. Gritou com um grito poderoso. Gritou de tal maneira que ficaram todos como que petrificados. Gritou.

Ele tinha afastado cada uma e, caída no chão, olhei para as pérolas espalhadas pelo chão. Porquê sofrer mais, perguntei-me?
Levantei-me, penteei-me. Peguei no baton guardado na minha mala e pintei os lábios. Com todos de boca aberta, saí do quarto e desci as escadas da casa, enquanto a minha tia me seguia. Já com a porta aberta saí da minha residência e, antes de entrar no carro, olhei em volta (um bonito dia de sol; um bonito jardineiro a "brincar", como os un-chiques dizem, com uma empregada da cozinha atrás dos arbustos; uma galinha a voar do telhado) e, respirando fundo, disse:

- Adeus, Cascais.

***
.Despedidas

Estava na estação de comboios com a minha tia, desanimada mas confiante de que tudo iria correr bem. Sentada na cadeira, com as pernas entrecruzadas, esperava que o comboio chegasse.

- Olhó télémóble! - Gritou um muçulmano que se dirigia para minha pessoa.
- Credo, senhor.
- Num é credo! É té... repita comeigo... té-lé...
- Poupe-me.

Cheirava mal. É naquele momento que avisto duas silhuetas, elegantes, esbeltas. Bá. Fifi.

- Querida! - Gritaram em uníssono as minhas duas melhores amigas enquanto corriam para me dar um abraço. A minha tia olhou de lado.
- Darlings! - Berrei, histérica e abracei-as com lágrimas nos olhos.

Naqueles minutos passei o tempo a falar com elas, enquanto que o muçulmano un-chique nos olhava, atento. Parecia um daqueles, credo, que nos vai cuspir a qualquer momento na nossa cara tratada.

O comboio tinha chegado e tivemo-nos de despedir.

- Bá. Fifi.
- Fafa.

E choramos as três, prometendo que nunca nos separaríamos. Quando o senhor que chamava os passageiros já batia com o pé no chão eu e a minha tia entramos no comboio onde os fedorentos se dirigiam para o lado esquerdo e os chiques, para o direito. Fui, obviamente, para o direito.

Na janela via Bá e Fifi de mãos dadas a chorar, e eu esbocei um sorriso forçado, para elas não se sentirem tristes. Mas estava despedaçada por dentro.

Sentei-me, de pernas cruzadas, e já o comboio andava a uma velocidade un-chique e olhava a minha vida a passar-me à frente. Literalmente.

Joaquim estava a dizer-me adeus, do lado de fora.

***
.Terror

Após o choque passar, não sabia eu que um maior estava para vir. Quem leu os jornais do dia seguinte pode confirma-lo. Estava a passar pelo norte de Évora, onde a Natureza predominava. Do lado de fora corriam bois, vacas, galinhas, enfim, un-chiques animais. Também se viam várias montanhas onde agora pessoas denominadas como "Pastores" caminhavam pelas flores.

- Enfim...

Mas eis que o inesperado acontece! Tão rápido como um copo de cristal a partir-se, o comboio para esganiçadamente, ouço berros do outro lado do compartimento; a minha tia acorda sobressaltada; vejo uma galinha na janela.

- Socorro! - Grito.

O caos. Os un-chiques entraram assustados na minha carruagem, os chiques abrem os guarda-chuva para afasta-los. Se fosse melhor, diria que estávamos em pleno ambiente da terceira guerra mundial. Então o comboio parou.

- Saiam todos. Já! - Ordenou o motorista suadamente un-.Chique que avizinhava um acidente de comboio que ia contra uma carruagem de animais de quinta.

A minha tia, assustada, correu para a porta em andamento e saltou, com a saia a saltar-lhe como a .Chique da Monroe. Mas o seu destino não seria tão .Chique. Morreria ela?! Como iria sobreviver? Saltava também ou deixava embater com as galinhas?! .Terror

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Bá num post .Chique

Oi chiques/un-chiques/pseudo-chiques/meretrizmente chiques, aqui estou eu, a Fifi!!! Sim, queridos, a minha vida está de volta à normalidade. Apesar de ainda não estar a escrever o meu romance como dantes, consegui voltar a amar o Viti e a confiar nele a 100% (ok, 99...), pelo que fomos passar o fim de semana anterior às ilhas Canárias, onde apanhámos muitas conchas na praia e fizemos muito amor no mar. Recordações que partilhei com as minhas amigas, claro, no chá das cinco de ontem. Por falar nisso, a Fafa está metida noutra aventura: o marido descobriu uma das suas escapadelas, com o homem do ginásio, e o casamento deles corre risco. Ela ligou-me há umas horas, a chorar, com medo de ficar sem dinheiro para comprar óculos de sol .Chique (sim, porque há sol un-chique, aquele que causa cancro) e roupas. Mas calem-se, que já me estou a demorar, comecei este post porque quero falar-vos da galdéria chique que é a Bá. Pois bem, deixem-me começar.

Bá- a Bá é a Bá. Ponto final. Quem a conhece sabe como ela é. Mas, supondo que vocês não a conhecem, eu vou escrever umas linhas a falar da sua personalidade + sex-appeal. Pois bem, ela sempre foi uma rapariga/mulherzinha/mulher chique, simpática e bondosa. Sempre pronta a ajudar o próximo, é muito directa e irónica com todas as un-chiques que a tentam imitar/ameaçar. Sempre que entra numa luta, é para ganhar, mas perde às vezes. Tem um cão que adora e um marido que ama, desde que se casaram. Nunca o traiu, que eu saiba. Sempre foi uma boa amiga, ouvinte perspicaz e conselheira infalível. Sempre que alguém tem uma dúvida, liga à Bá (ou manda sms, que nós também sabemos escrever sms's, que pensam?!). Infelizmente, há meses esteve muito mal quando descobriu que o marido tem SIDA. Coitada, nunca a vi assim. Cometeu loucuras, apercebi-me. Mas pronto, a Bá é inconfundível. Sempre com um sentido de humor a mil, com roupas fora-de-moda-mas-que-insiste-usar e muita saliva para arremessar a quem a ouve falar, é um amor de pessoa. Os seus defeitos? É uma galdéria, expulsou-me de sua casa.

Beijos, amo-vos, Fafa + Bá, para sempre. Amanhã falarei da Fafa, prometo, contarei alguns podres dela... riso! Muah.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Amo-vos com .Chiquesa

Um olá chique a todos os chiques e un-chiques que estão a ler este post!
Depois do meu último post acerca da minha missão e feitos, dei conta de que nós postamos imenso acerca do nosso dia-a-dia mas pouco acerca da nossa personalidade. Sim, ao longo dos posts já se foram apercebendo de como somos, vagamente, mas isso não chega.
Não vou falar de mim, encarrego as minhas amigas de o fazerem (assim acabam por postar, coisa que não fazem à anos, principalmente a Fafá!). Falarei sobre a Fifi e sobre a Fafá.

Fifi: Muito divertida. Quando uma pessoa se quer divertir fala com ela! Sempre com um sorriso na cara, recebe sempre os amigos de braços abertos. Gosta de cor-de-rosa e nunca passa sem o seu perfume preferido.
Amante de filmes de terror, a Fifi adora chocar-se. É bondosa e muito rancorosa... talvez seja esse um dos seus defeitos.
É demasiado curiosa, e odeia perder. Gosta de estar com as amigas sempre que pode e odeia estar sozinha. Enerva-se com alguma facilidade e é muito ciumenta.
Estas são algumas das coisas que definem a Fifi.

Fafá: Imensamente divertida. Sem papas na língua, sempre atrapalhada e confusa, a Fafá tem como objectivo de vida aproveitá-la. É uma desarrumada, desorganizada, mas sempre chique. Muito ingénua, é facilmente enganada. Sempre apaixonada ou simplesmente atraida por alguém (sempre muita gente), ela adora a cor roxa. Sempre com os seus óculos de sol e mini saia, esta nossa amiga é muito medrosa.
É amiga da sua amiga e está sempre metida em sarilhos.
Isto não é a Fafá, não isto apenas. Mas algumas coisas...!

Enfim, espero que as conheçam melhor agora!

Beijinhos chiques,
Bázita

domingo, 16 de setembro de 2007

Solidariedade .Chique

Olá,
Oh, desde quando não escrevia neste blog? Mesmo há muito muito tempo! Mas vou-vos actualizar acerca do que se tem passado na minha chique vida.
Em primeiro lugar, as minhas acções de solidariedade têm aumentado muito mais. Já não me fico por visitar os hospitais e lares, desta vez quis ir mais longe, chiquemente: fui a África.
Em África vi coisas un-chiques que fizeram com que me deparasse com a dura realidade que é vivida no mundo. Lá, as crianças, adultos e idosos com fome, doenças e etc eram imensos! Simplesmente não havia comida, nem roupa, nem medicamentos... nem carinho para muitas crianças.
Estava eu a andar chiquemente quando me deparei com uma criança com os seus 7/8 anos deitada no chão a gemer. Peguei nela, levei-a para o meu chique carro e tentei comunicar com ela. As únicas palavras que entendi foram "Não me deixe sozinha por favor. Leve-me consigo!". O que faria eu, Bázita, numa situação destas? Levei-a mesmo comigo. Falei com as autoridades e consegui adopta-la! Sinto-me cada vez mais feliz e realizada. Tenho dado donativos, atenção, carinho a todos os que mais necessitam. Ajudei esta criança, que tinha sido abandonada pela própria mãe, pela falta de alimentos. O meu marido tem-me apoiado sempre, orgulhando-se dos meus actos. Digam-me se isto não são razões suficientes para ser feliz...

Bem, as férias estão a acabar, e eu retornarei ao meu chique emprego (designer de interiores), mas como posso trabalhar chiquemente em casa não abandonarei o que tenho feito.

Espero que tentem ser solidários também,
Bázita

domingo, 2 de setembro de 2007

Novidades .Chiques

Olá jóias! Sei que este blog tem andado praticamente un-actualizado mas vou tentar manter-vos informados em relação àquilo que se tem passado connosco (comigo, com a Bá e com a Fafa, visto que já não falo com a Lulu há eternidades)... Assim sendo, vou contar-vos algumas novidades.

As últimas semanas têm sido bastante difíceis para mim - por mais que tente, não consigo parar de chorar. Por várias vezes, estávamos as três no chá das cinco, elas a falar dos seus maridos, e eu não consegui evitar, derramando lágrimas sobre o chá de camomila .Chique feito pela empregada ilegal a viver em casa da Fafa. Foi num desses chás que elas decidiram que eu precisava de ajuda. "Fi, foi só uma traiçãozinha... se o meu marido soubesse as vezes que já saltei a cerca...", disse-me a Fafa. Depois, a Bá disse "Fifi, a Fafa tem razão num sentido... ele não te tem telefonado? Se calhar está arrependido... sei lá, acho que lhe devias dar uma oportunidade .Chique".

Vocês não devem saber mas a Bá sempre foi fã do meu casamento com o Viti. A Fafa também mas ela estava sempre mais preocupada a contar-nos a noite de sexo chiquemente escaldante que teve na noite anterior. Foi então que, certo dia, elas me disseram que tinham encontrado um homem que achavam que me faria feliz e que eu deveria conhecer. Eu, desgostosa, decidi aceitar o convite e, no dia seguinte, estava eu à espera dele num restaurante .Chique de Cascais, envergando um vestido lindíssimo em que se via as minhas pernas sem celulite ou varizes. Quando o vi a entrar pela porta do restaurante, o meu coração não se controlava: era Viti.

Fiquei enfurecida, por dentro. "O que estás aqui a fazer?!", perguntei-lhe, quando ele chegou perto da mesa. "Espera, espera um pouco. Ouve, apenas.", disse-me ele, e eu por dentro estava furiosa: as minhas amigas e ele tinham feito um esquema. Não lhes perdoava, dizia para mim mesma. Contudo, fiquei perplexa quando vejo, lá no andar de cima do restaurante, violinistas começar a tocar. Viti, ali no meio do restaurante, começou a cantar-me uma canção. Meu Deus, como era linda. E como ele estava naquela noite... sinceramente, digam-me, que mulher seria eu se não aceitasse um pedido de desculpas daqueles? No final da canção, todos bateram palmas e eu... eu caminhei até ele. "Perdoo-te Viti, amo-te!" e beijei-o.

Espero que essas galdérias (Fafa e Bá) postem a contar os detalhes que eu desconheço desta história. Beijo .Chiquemente feliz.

Ah, e amanhã vou mudar-me para a minha casa!

sábado, 18 de agosto de 2007

Amizade por um fio .Chique

Oi dears... escrevo-vos chiquemente do meu pc portátil, agora inundado pelas minhas lágrimas, para desabafar convosco...

Com tristeza minha, conto-vos que nós as três nunca tivemos tantos conflitos como nos últimos tempos e o culminar da situação pode ser o pior... é isso mesmo, a minha amizade com a Bá está por um fio .Chique. Porquê? Muita coisa, mas basicamente incompatibilidades...

Bá, se, por algum motivo, deixemos de ser amigas, quero apenas agradecer-te por estes mais de trinta anos de amizade! Sim, muita coisa se passou connosco, muitas zangas, muitas alegrias, muitas felicidades, muitas tristezas... mas, às vezes, não dá mais.

Se esse for um desses casos... quero apenas que te lembres da Fifi como a pessoa de quem foste amiga durante este tempo todo. Peço-te apenas isso... por nós, por tudo o que vivemos. Se não conseguires, se fores incapaz, se te for impossível, então toda a esperança está perdida.

Rezem por nós com chiquesa, leitores.

Beijo .Chiquemente triste,

Fifi.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Estou viva, .Chiquemente

Oi meus queridos! Vocês não imaginam as saudades que tinha de escrever para vós...! Meu Deus, há tanto tempo que não vos falo sobre nada, que não vos conto histórias... as minhas desculpas .Chiques para todos! Contudo, tenho novidades... e a minha ausência tem uma explicação: eu, Fifi, estive no leito da morte.

Ficaram chocados...? Ainda não ouviram metade. No mês de Julho, eu, Fifi, tive um grave acidente de viação e fiquei em coma. O Viti, que ia ao meu lado, não teve um ferimento. Na semana seguinte, soube, muita gente foi visitar-me ao hospital para saber de mim, na esperança de que eu conseguisse recuperar. Entre essas pessoas, foram as minhas amigas Fafa e Bázita, como sempre. Levaram-me flores e conversaram comigo, mesmo que eu não as ouvisse ou pudesse responder. Contudo, o gesto foi muito nobre.

Uma semana e meia depois do acidente, recuperei do coma mas não dos ferimentos. Fiquei lá no hospital por mais um mês, e elas iam lá todos os dias visitar-me. O chá das 5 passou a ser chá das 6 e era tomado lá na cama. Recordo-me de algumas vezes em que a Fafa subornou a enfermeira de serviço para que elas pudessem passar lá a noite comigo. Havia noites em que nem dormíamos, outras em que dormíamos as três juntas! A sério, amigas, o vosso apoio significou muito para mim.

Quando saí, por fim, do hospital, quem me levou a casa foram elas (o meu marido estava fora, disseram-me). Porém, quando chego a casa, feliz... o que é que eu vejo? O meu marido na cama com uma das enfermeiras! Sempre chique, despedi-me dele e rasguei a roupa da outra. Depois, disse-lhe que iria pedir o divórcio, retirei toda a minha roupa das gavetas e fui de malas feitas para a casa da Bázita, onde permaneci por umas duas semanas. Contudo, o marido ficou um pouco chateado porque eu interrompi algumas sessões de sexo entre os dois e eu estou agora na casa da Fafa.

Sim, meus leitores, estou sem marido. Estou sem dinheiro. Mas estou viva e continuo com as minhas amigas de sempre. E voltei. Beijinho para todos!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Ovelhas .Chiques

Olá chiques e un-chiques leitores deste blog! Daqui, Bázita, para vos apresentar um blog que descobri à pouco tempo.
Em primeiro lugar, quero deixar aqui um agradecimento às Ovelhas Ranhosas por terem feito um post chique sobre nós. Muito obrigado!
Em segundo lugar, aconselho todos os nossos leitores a visitarem o site, basta fazer um chique clique aqui.
Este é sem dúvida um blog a visitar. Sempre crítico, informativo e divertido, este blog tem como escritores identidades desconhecidas, cujos nomes (falsos) são: Ovelha Anorética, Ovelha Bulímica, Ovelha Anã e Ovelha Obesa.
Um blog de leitura light, para quando estamos fartos de todos os sites, para enquanto tomamos o chique café a meio da manhã, para quando não temos nada que fazer, para quando nos apetece rir... um blog para sempre.

Espero ter conseguído transmitir-vos o meu agrado para com este chique blog.

Muitos beijinhos da sempre chique,

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Voltei, com o meu .Chique pé direito!

Olá assíduos leitores deste blog (e aos restantes)! Como podem ver, estou de volta.

Como pude ver, muitos dos leitores estão ansiosos por saber o que se passa comigo, depois de todos aqueles deprimentes post’s. Sem mas demoras, passo a explicar, chiquemente.
Bom, em primeiro lugar eu não tenho Sida. Foi tudo um mal entendido por parte do Hospital.

Em segundo, o porquê de eu ter estado bastante ausente, tanto do Messenger como deste chiquérrimo Blog. Bem, eu, quando pensei que tinha Sida, entrei numa realidade diferente. Numa realidade chocante, em que percebemos que inevitavelmente morreremos um dia, todos os dias. Foi horroroso, mas contei com o apoio de todos os meus amigos e familiares. Agora que sei que estou livre desta doença (nunca sabemos se para sempre) decidi ajudar aqueles, que como o meu marido, sofrem de uma doença irreversível.

Comecei por me informar acerca de visitas a crianças e idosos do hospital, que tinham estas doenças. Comecei pelos órfãos ou pelos que foram abandonados pela própria família.

No dia em que lá cheguei, e quando os olhei nos olhos, percebi que tinha passado anos a dedicar-me a coisas com pouca importância, deixando isto para trás. Quando os cumprimentei, quando conversámos, fui logo acolhida naquele mundo, um mundo só deles. Senti-me mais realizada do que nunca, e senti que tinha ali amigos para o resto da vida.

Os dias foram passando, e eu ia reparando que são poucas as pessoas que fazem voluntariado, pensando que os donativos em dinheiro bastam para alegrar estas pessoas. Aí é que se enganam, isso não chega… nem por sombras. Eles precisam de atenção, de alegria, de amizade, de sentir que a vida não gira à volta do que os prende aquelas camas, aquele hospital.

Faço aqui um apelo, para que reflictam acerca disto e que, pelo menos tentem, ajudar um pouco estas pessoas. Não custa nada dispensarem duas horas semanais com pessoas que vos irão dar tanto como aquilo que lhes possam dar.

Faço também uma homenagem, ao meu marido, que ainda com Sida, me ajudou a ajudar estas pessoas. Ele, que está na mesma situação que eles. Ele, que eu tanto amo.

Bom, aqui me despeço,

Bázita.